A intensificação de eventos climáticos extremos em 2024, como a seca histórica no México, serve de alerta para regiões vulneráveis, incluindo o semiárido brasileiro. Especialistas apontam que mudanças climáticas e fenômenos como o El Niño têm exacerbado a frequência e severidade dessas ocorrências, impactando diretamente a agricultura, o abastecimento de água e a economia local. 
No México, estados do norte como Baja California, Sonora e Nuevo León enfrentam escassez hídrica severa, afetando a produção agropecuária e as exportações. Estudos indicam que eventos de precipitação extrema podem se tornar mais frequentes, com temporadas de chuvas intensas e secas prolongadas, ameaçando a segurança alimentar e a saúde pública. 


No Brasil, cerca de 60% do território foi afetado por secas intensas entre 2023 e 2024, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). O semiárido, em particular, enfrenta desafios adicionais devido à degradação do solo e à desertificação, exigindo políticas públicas eficazes para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. 
A situação demanda ações coordenadas entre governos, sociedade civil e setor privado para promover a resiliência das comunidades afetadas. Investimentos em infraestrutura hídrica, práticas agrícolas sustentáveis e sistemas de alerta precoce são essenciais para enfrentar os desafios impostos pelo clima extremo e garantir a segurança das populações vulneráveis.
A seca no México e seus impactos refletem uma realidade que pode se repetir em outras regiões, como o semiárido brasileiro, caso medidas preventivas não sejam adotadas com urgência. A adaptação às mudanças climáticas e a promoção de práticas sustentáveis são fundamentais para proteger os recursos naturais e assegurar o bem-estar das futuras gerações.