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Brasil Economia

Reforma Tributária: como as mudanças nos impostos vão impactar o pequeno comerciante nordestino

Aprovada no Congresso Nacional e já em fase de regulamentação, a Reforma Tributária está prestes a mudar a forma como os brasileiros pagam impostos. E se você é comerciante, autônomo ou microempreendedor, especialmente no interior do Nordeste, é hora de entender o que vem por aí — e como isso pode afetar diretamente o seu negócio.

A principal proposta da reforma é substituir vários tributos atuais por um único imposto sobre o consumo, chamado de IVA (Imposto sobre Valor Agregado), que será dividido entre o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS).

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O que muda na prática?

Atualmente, o sistema tributário brasileiro é considerado um dos mais complexos do mundo, com impostos como PIS, Cofins, ICMS e ISS. A ideia do novo modelo é simplificar essa cobrança e evitar a chamada “cascata de tributos”, em que o imposto é cobrado em cima de imposto ao longo da cadeia produtiva.

Para o pequeno comerciante, isso significa:
• Nota fiscal mais clara e com alíquota unificada;
• Fim da guerra fiscal entre estados e municípios;
• Possibilidade de crédito tributário automático, sem burocracia para reaver valores pagos em excesso;
• Redução da informalidade e da concorrência desleal.

E os riscos?

Apesar das promessas de simplificação, muitos micro e pequenos empresários ainda têm dúvidas. O principal receio é o de aumento da carga tributária em alguns setores, especialmente no comércio varejista. A alíquota do novo imposto deve ficar entre 25% e 27%, o que pode pesar para quem tem margens de lucro apertadas.

No entanto, a reforma prevê um regime diferenciado para o MEI e pequenas empresas optantes do Simples Nacional, que deve ser mantido com adaptações. O objetivo é preservar a competitividade dos negócios de menor porte.

Impacto no Sertão

Para cidades do Sertão paraibano, onde o comércio é a base da economia local, a reforma traz oportunidades e desafios. A formalização de negócios informais pode ser incentivada com um sistema mais simples. Já a adequação à nova legislação exigirá capacitação e atenção redobrada dos empreendedores, contadores e gestores públicos.

O comerciante José Tavares, que mantém uma mercearia há mais de 20 anos em Cajazeiras, resume bem o sentimento geral: “Se vier para simplificar e não pesar no nosso bolso, a gente até aceita. Mas é preciso explicar isso melhor para a gente entender.”

E agora?

O novo sistema deve começar a ser implementado a partir de 2026, com um período de transição que vai até 2032. Até lá, será essencial acompanhar a regulamentação, buscar informação e manter o diálogo com contadores, associações comerciais e entidades de classe.

O Sertão PB continuará acompanhando todas as etapas da reforma e seus efeitos para o povo do interior.

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