O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), deputado Adriano Galdino (Republicanos), manifestou preocupação com a influência política no acesso à saúde pública no estado e reiterou sua oposição à instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o Hospital Padre Zé.
Durante entrevista, Galdino afirmou que a saúde na Paraíba está sendo “politizada”, com a influência política determinando o acesso a serviços de saúde. Ele destacou que essa situação é prejudicial e que é necessário buscar soluções que garantam um sistema de saúde mais equitativo e eficiente.
Em relação à CPI do Hospital Padre Zé, Galdino argumentou que as investigações sobre possíveis irregularidades na instituição já estão sendo conduzidas pelo Ministério Público da Paraíba e que a abertura de uma CPI na ALPB poderia ser utilizada como palanque político, especialmente em um ano eleitoral. Ele enfatizou a importância de não politizar ainda mais a questão e permitir que as autoridades competentes conduzam as investigações de forma imparcial.
A oposição na ALPB, por sua vez, tem pressionado pela instalação da CPI, alegando que é necessário aprofundar as investigações e garantir transparência na apuração dos desvios de recursos públicos no Hospital Padre Zé. O deputado George Morais (União Brasil) liderou um mandado de segurança para forçar a abertura da comissão, e o Tribunal de Justiça da Paraíba determinou que a CPI fosse instalada em até 72 horas.
No entanto, Galdino classificou a decisão judicial como equivocada e anunciou que a ALPB recorrerá da liminar. Ele argumentou que o requerimento para a instalação da CPI não atingiu o número mínimo de assinaturas exigido pelo regimento interno da Casa, faltando uma assinatura para completar o quórum necessário.
O impasse entre o Legislativo e o Judiciário paraibano reflete a complexidade do caso e a tensão política em torno das investigações sobre o Hospital Padre Zé. Enquanto isso, a população aguarda por esclarecimentos e soluções que garantam a transparência e a integridade na gestão dos recursos públicos destinados à saúde.